Cientistas anunciam 1º chip 6G do mundo, com internet 5000% maior que atual
Ferramenta minúscula mostra avanços significativos rumo às redes sem fio de sexta geração Pesquisadores anunciaram avanços significativos rumo às redes sem fio de sexta geração (6G) com a divulgação dos resultados do desenvolvimento do primeiro chip all-frequency (todas as frequências, em inglês), que funciona 10 vezes mais rápido que o limite do 5G. O microchip, que tem 11 por 1,7 milímetros, consegue alcançar de 0,5 GHz a 115 GHz, o que antes exigiria nove canais de frequências separados, em um único hardware. Em um estudo publicado na revista Nature, os pesquisadores da Universidade de Pequim, na China, e da Universidade da Cidade de Hong Kong, detalharam a novidade que pode ter aplicações em realidade aumentada, cirurgias remotas e até oferecer uma ampla cobertura em áreas rurais com frequências mais baixas. Nos testes, o chip atingiu a a frequência de 6 GHz em 180 microssegundos, ultrapassando os 100 Gbps. Para efeito de comparação, a velocidade média de telefonia móvel rural nos Estados Unidos é de cerca de 20 Mbps, superando em 5.000% a velocidade. “Caso haja interferência ou bloqueio em alguma banda, o sistema pode automaticamente e instantaneamente mudar para um canal livre – como um motorista experiente mudando suavemente de faixa no trânsito – garantindo uma comunicação contínua e ininterrupta”, disse o coautor correspondente, Professor Wang Cheng, da CityU, ao jornal chinês Guangming Daily. Internet 6G A internet 6G tem previsão de chegar ao Brasil em 2030 e promete trazer diversos avanços com tecnologias que irão aprimorar a qualidade e a velocidade da conexão no país. Com uma taxa de transmissão 50 vezes mais rápida que a do 5G, a nova geração de redes móveis tem como principais objetivos aumentar o alcance da internet no mundo — incluindo em áreas remotas — e garantir um sistema mais sustentável desde equipamentos feitos com materiais ecológicos até o menor consumo de energia. Entre as vantagens da internet 6G estão o menor custo operacional, gerado pela automatização de processos que irão ajustar as transmissões de acordo com a solicitação de mais ou menos necessidade de acesso e uma diminuição de mão de obra humana. A tecnologia promete uma maior velocidade de acesso, com menos atrasos nas transmissões e filtros implementados nos satélites que irão garantir menos falhas no envio de dados pelas redes. O 6G terá integração de sistemas com inteligência artificial (IA) com o desenvolvimento de algoritmos avançados de gerenciamento de energia — diminuindo o desperdício de rede — permitem a rede se auto-organizar e otimizar o tráfego de dados em tempo real. Fonte: CNN Brasil