Veja tudo o que você precisa saber sobre motor brushless, autonomia de bateria, comparação com patinetes, exigências do Contran e dicas para comprar sua scooter elétrica ideal. A scooter elétrica se tornou uma das opções de mobilidade urbana mais buscadas por quem busca agilidade, economia e sustentabilidade. Com modelos de 1000W a 5000K de potência e uma ampla faixa de preços, esses veículos ainda geram dúvidas a respeito de assuntos como a tecnologia envolvida para a confecção, autonomia da bateria, diferenças entre as versões e também o tipo de licenciamento necessário para dirigir uma. Pensando nisso, o TechTudo preparou um guia completo onde você vai descobrir como funciona o motor brushless, as diferenças em relação ao patinete elétrico, preços e autonomia de bateria. Além disso, abordaremos as regras de trânsito, como habilitação e necessidade de capacete. Veja, a seguir, mais detalhes sobre o assunto. Scooter elétrica: veja como funciona, preços e se precisa de habilitação 1. O que é uma scooter elétrica e como ela funciona? Uma scooter elétrica pode ser definida como um veículo de duas rodas com propulsão 100% elétrica, projetado para o transporte urbano. Diferente de uma motocicleta convencional, ela possui um assoalho plano para os pés e uma carenagem que envolve o chassi, oferecendo uma posição de pilotagem sentada e mais confortável. Seu grande diferencial em relação aos modelos a combustão é a ausência de um motor que queima gasolina, sendo substituído por um conjunto tecnológico silencioso e ecológico, composto essencialmente por um motor elétrico, uma controladora e um conjunto de baterias recarregáveis, que ditam o desempenho e a autonomia do veículo. O coração da tecnologia é o seu motor, que na maioria dos modelos de qualidade é do tipo brushless, ou “sem escovas”. Esta tecnologia representa um salto evolutivo em relação a motores elétricos mais antigos, pois elimina o atrito gerado pelas escovas de carvão, resultando em maior eficiência energética, durabilidade e praticamente nenhuma necessidade de manutenção. A potência, medida em Watts (W), determina a capacidade de aceleração e a velocidade final, enquanto o torque, medido em Newton-metro (Nm), define a força de arranque e a capacidade de enfrentar subidas, um ponto importante para cidades de geografia acidentada. A energia é fornecida pela bateria para scooter elétrica, um componente vital que impacta diretamente na autonomia e no preço final. As baterias de íon-lítio são as mais comuns e recomendadas, por serem mais leves, terem maior densidade energética (mais quilômetros por quilo) e uma vida útil superior, suportando mais ciclos de recarga. O processo de carregamento é feito em tomadas domésticas comuns (110V/220V) e leva, em média, de seis a oito horas. Muitos modelos oferecem baterias removíveis, uma grande vantagem para quem mora em apartamento e não tem acesso a uma tomada na garagem, permitindo carregar a bateria em casa ou no trabalho. 2. Scooter elétrica vs patinete elétrico Apesar de ambos serem veículos elétricos individuais, as diferenças entre uma scooter e um patinete elétrico os colocam em categorias de uso e legislação distintas. A distinção mais evidente é a ergonomia e o design. A scooter elétrica foi projetada para o conforto em trajetos mais longos, oferecendo um assento, assoalho para os pés e uma estrutura mais robusta. O patinete elétrico, por outro lado, é um veículo de micromobilidade, pilotado em pé, ideal para o chamado “last mile” (o último trecho do deslocamento), como ir de uma estação de metrô até o trabalho. As diferenças estruturais impactam diretamente a segurança e a qualidade da pilotagem. As scooters elétricas possuem rodas maiores e pneus pneumáticos (com câmara de ar), que absorvem muito melhor as imperfeições do asfalto, como buracos e remendos, proporcionando uma viagem mais estável e segura. Os patinetes, com suas rodas menores e frequentemente maciças, são mais suscetíveis a trepidações e instabilidades, sendo mais adequados para ciclovias e pavimentos bem conservados. Uma mini scooter elétrica, embora compacta, ainda mantém a estrutura de pilotagem sentada, sendo mais confortável que um patinete. Do ponto de vista legal e de desempenho, a separação fica ainda mais clara. A maioria das scooters, como uma scooter elétrica 2000W ou superior, é classificada como ciclomotor, o que implica em regras mais rígidas de emplacamento e habilitação. Os patinetes são classificados como equipamentos de mobilidade individual autopropelidos, com legislação mais branda e foco na regulamentação municipal de circulação. Essa diferença é o que define as responsabilidades e os custos que o proprietário terá após a compra do veículo. 3. Scooter elétrica precisa de carteira de habilitação? Sim, a resposta direta para a pergunta que muitos se fazem é que, na grande maioria dos casos, scooter elétrica precisa de habilitação. A Resolução nº 996 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), de 2023, estabeleceu critérios claros que acabaram com a “zona cinzenta” que existia. A necessidade ou não de habilitação e emplacamento depende exclusivamente da classificação do seu veículo conforme suas especificações técnicas de fábrica, como potência do motor e velocidade máxima. A maior parte das scooters elétricas disponíveis no mercado brasileiro se enquadra na categoria de ciclomotor. De acordo com o CONTRAN, um ciclomotor é qualquer veículo de duas ou três rodas com motor de até 4 quilowatts (4kW) de potência e velocidade máxima limitada a 50 quilômetros por hora (50km/h). Se o modelo que você deseja comprar atende a esses critérios, ele é legalmente um ciclomotor. Isso significa que ele deve, obrigatoriamente, ser registrado no Detran, receber uma placa e, para pilotá-lo, o condutor precisa ser habilitado. As categorias de habilitação aceitas para conduzir um ciclomotor são a ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotor) ou a CNH categoria “A”, a mesma utilizada para motocicletas. Portanto, é fundamental que antes de efetuar a compra, você verifique a ficha técnica do produto. Modelos de scooter elétrica 3000W ou scooter elétrica 4000W certamente se enquadrarão como ciclomotores. Ignorar essa exigência pode resultar em multa gravíssima, apreensão do veículo e sete pontos na carteira do condutor, caso seja abordado em uma fiscalização de trânsito. 4. Principais vantagens das scooters elétricas As scooters elétricas oferecem um leque de vantagens que justificam seu